Do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China
Ano | Acontecimento | |
64 | O incêndio de Roma | |
70 | Tito destrói Jerusalém | |
c. 150 | Justino Mártir escreve sua Apologia | |
c. 156 | O martírio de Policarpo | |
177 | Ireneu se torna bispo de Lião | |
c. 196 | Tertuliano começa a escrever livros cristãos | |
c. 205 | Orígenes começa a escrever | |
251 | Cipriano escreve Unidade da igreja | |
270 | Antão começa sua vida de eremita | |
312 | A conversão de Constantino | |
325 | O Concilio de Nicéia | |
367 | A carta de Atanásio reconhece o cânon do Novo Testamento | |
385 | O bispo Ambrosio desafia a imperatriz | |
387 | Conversão de Agostinho | |
398 | João Crisóstomo se torna bispo de Constantinopla | |
405 | Jerónimo completa a Vulgata | |
432 | Patrício é enviado como missionário à Irlanda | |
451 | O Concilio de Calcedonia | |
529 | Bento de Núrsia estabelece sua ordem monástica | |
563 | Columba vai à Escócia como missionário | |
590 | Gregorio I se torna papa | |
664 | O Sínodo de Whitby | |
716 | Bonifácio parte para ser missionário | |
731 | Beda, o Venerável, conclui sua Historia eclesiástica da Inglaterra | |
732 | A Batalha de Tours | |
800 | Carlos Magno é coroado imperador | |
863 | Cirilo e Metódio evangelizam os eslavos | |
909 | Um mosteiro é estabelecido em Cluny | |
988 | Conversão de Vladimir, príncipe da Rússia | |
1054 | O cisma entre Oriente e Ocidente | |
1093 | Anselmo é escolhido arcebispo de Cantuária | |
1095 | O papa Urbano II lança a primeira Cruzada | |
1115 | Bernardo funda o mosteiro de Claraval | |
c. 1150 | Fundação das universidades de Paris e de Oxford | |
1173 | Pedro Valdo funda o movimento valdense | |
1206 | Francisco de Assis renuncia à riqueza | |
1215 | O IV Concilio de Latrão | |
1273 | Tomás de Aquino completa sua Suma teológica | |
1321 | Dante conclui A divina comédia | |
1378 | Catarina de Sena vai a Roma para solucionar o Grande Cisma | |
c. 1380 | Wycliffe supervisiona a tradução da Biblia para o inglés | |
1415 | João Hus condenado à fogueira | |
1456 | João Gutenberg produz a primeira Bíblia impressa | |
1478 | O estabelecimento da Inquisição espanhola | |
1498 | Savonarola é executado | |
1512 | Michelangelo completa a cúpula da Capela Sistina | |
1517 | Martinho Lutero afixa As noventa e cinco teses | |
1523 | Zuínglio lidera a Reforma na Suíça | |
1525 | Início do movimento anabatista | |
1534 | O Ato de Supremacia de Henrique VII | |
1536 | João Calvino publica As instituías da religião cristã | |
1540 | O papa aprova os jesuítas | |
1545 | Abertura do Concilio de Trento | |
1549 | Cranmer produz o Livro de oração comum | |
1559 | John Knox volta à Escócia para liderar a Reforma | |
1572 | O massacre do Dia de São Bartolomeu | |
1608-1609 | John Smyth batiza os primeiros batistas | |
1611 | Publicação da Versão do Rei Tiago da Bíblia | |
1620 | Os peregrinos assinam o Pacto de Mayflower | |
1628 | Comênio é expulso de sua terra natal | |
1646 | A Confissão de fé de Westminster | |
1648 | George Fox funda a Sociedade dos Amigos | |
1662 | Rembrandt pinta O retorno do filho pródigo | |
1675 | Philip Jacob Spener publica Pia desideria | |
1678 | Publicação da obra O peregrino, de John Bunyan | |
1685 | Nascimento de Johann Sebastian Bach e de George Frederic Handel 707 | |
1707 | Publicação da obra Hinos e cânticos espirituais, de Isaac Watts | |
1727 | Despertamento em Herrnhut dá início ao movimento dos Irmãos Morávios | |
1735 | Grande despertamento sob a liderança de Jonathan Edwards | |
1738 | Conversão de John Wesley | |
1780 | Robert Raikes dá início à escola dominical | |
1793 | William Carey viaja para a Índia | |
1807 | O Parlamento britânico vota a abolição do comércio de escravos | |
1811 | Os Campbells dão início aos Discípulos de Cristo | |
1812 | Adoniram e Ann Judson viajam para a Índia | |
1816 | Richard Allen funda a Igreja Episcopal Metodista Africana | |
1817 | Elizabeth Fry dá início ao ministério às mulheres encarceradas | |
1830 | Começo dos avivamentos urbanos com Charles G. Finney | |
c. 1830 | John Nelson Darby ajuda a dar início à comunidade dos irmãos de Plymouth | |
1833 | O sermão Apostasia nacional, de John Keble, dá início ao Movimento de Oxford | |
1854 | Hudson Taylor chega à China | |
1854 | Soren Kierkegaard publica ataques à cristandade | |
1854 | Charles Haddon Spurgeon torna-se pastor em Londres | |
1855 | Conversão de Dwieht L. Moodv | |
1857 | David Livingstone publica Viagens missionárias | |
1865 | William Booth funda o Exército de Salvação | |
1870 | O papa Pio IX proclama a doutrina da infalibilidade papal | |
1886 | Início do Movimento Estudantil Voluntário | |
1906 | O avivamento da rua Azusa dá início ao pentecostalismo | |
1910-1915 | Publicação da obra Os fundamentos lança o movimento fundamentalista | |
1919 | Publicação do Comentário da carta aos romanos, de Karl Barth | |
1921 | Transmissão do primeiro programa cristão de rádio | |
1934 | Cameron Townsend dá início ao Instituto de Verão de Lingüística | |
1945 | Dietrich Bonhoeffer é executado pelos nazistas | |
1948 | O Conselho Mundial de Igrejas é formado | |
1949 | Cruzada Billy Graham em Los Angeles | |
1960 | Início da renovação carismática moderna | |
1962 | Início do Concilio Vaticano II | |
1963 | Martin Luther King Jr. lidera a Marcha até Washington | |
1966-1976 | A igreja chinesa cresce apesar da Revolução Cultural |
(extraído do livro " Os 100 Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo" - A. Kenneth Curtis, J. Stephen Lang, Randy Petersen)
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Alguns dias atrás, estava numa igreja e ouvi um cântico que em chamou a atenção. Foi a primeira vez que o ouvi, mas pelo entusiasmo com que foi cantado, notei que já era bem conhecido, principalmente pelos jovens. O que me chamou a atenção foi a linguagem, ou melhor, a letra. A rigor, não havia nada de mais - era uma letra bem simples, sem muita preocupação teológica ou métrica, mas trazia uma nova linguagem que vem crescendo muito no cenário evangélico. O cântico falava que Jesus veio para curar nossas feridas. Como disse, não havia nada de mais na letra, a não ser pelo fato de que ela simboliza uma mudança na linguagem evangélica que pode, sutilmente, representar perigo.
A linguagem bíblica e teológica vem cedendo cada vez mais lugar para uma abordagem terapêutica e psicológica. Fala-se cada vez menos no pecado e cada vez mais em feridas; fala-se cada vez menos em redenção, ou justificação, e cada vez mais em cura; busca-se cada vez menos salvação e reconciliação e cada vez mais auto-realização, saúde e prosperidade.
A mudança é mesmo sutil. Não há nada de errado em falar de cura, feridas, saúde ou auto-realização; nas Escrituras Sagradas, encontramos tudo isso nas promessas e afirmações evangélicas. No entanto, ao substituir o pecado e a redenção pelas feridas e curas, corremos o risco de comprometer um marco bíblico e teológico básico e fundamental para a espiritualidade cristã - a natureza humana do pecado e a natureza divina da graça. O conceito bíblico do pecado não é o mesmo que o conceito popular, ou mesmo o terapêutico, da ferida. Da mesma forma, o conceito bíblico da justificação e da redenção não é o mesmo que o conceito de cura, pelo menos na forma como o temos afirmado. Um pode envolver o outro, mas não são a mesma coisa.
Quando falamos de pecado, essencialmente estamos falando de tudo o que compromete ou impede nossa relação e comunhão com Deus. Não se trata apenas de uma ferida em nós que precisa ser tratada, mas de um obstáculo que tem de ser removido. Isso tem a ver com Deus, e não apenas com nosso bem-estar. Normalmente, quando falamos de ferida, falamos daquilo que nos causa algum desconforto, mas que não implica necessariamente num pecado. Uma ferida pode representar uma dor, um sofrimento, uma privação ou mesmo uma desilusão. Nem sempre estas sensações têm alguma relação com o pecado. Muitas vezes são até mesmo necessárias para o crescimento e fortalecimento da fé.
Quando falamos de justificação ou de redenção, estamos falando essencialmente da ação de Deus em Cristo na cruz do Calvário. Ali, o Filho de Deus recebeu sobre si o fardo das nossas culpas e pecados, oferecendo-se como vítima em nosso lugar, pagando assim a impagável dívida do pecado de todos nós. Não se trata de uma cura, de uma intervenção divina em algum aspecto particular da existência humana, como a solução de um grave problema físico ou emocional. A redenção envolve muito mais do que o conforto proporcionado pela solução de um mal-estar. A redenção tem a ver com reconciliação, perdão e comunhão. Ela envolve, basicamente, nossa relação com Deus.
A cura das feridas emocionais e espirituais, bem como a das dores físicas e relacionais, fazem parte do trabalho dos pastores e terapeutas. Sei também que não podemos minimizar nem simplificar os dramas causados pelo sofrimento e pela desilusão. Minha preocupação está mais voltada para esta linguagem nova que vem crescendo entre os cristãos e o risco de limitar e reduzir nossa compreensão da obra da salvação.
Tal linguagem reflete o espírito moderno. O ser humano hoje não busca mais salvação, mas auto-realização; não se preocupa mais com o pecado, mas com saúde mental; não se interessa pela reconciliação, mas pela sua própria independência e autonomia; não deseja mais submeter-se a Deus e renunciar tudo para segui-lo, mas em ter um Deus que lhe dê tudo e não lhe exija nada. A preocupação moderna é romper com os sentimentos de culpa, sejam eles fruto do pecado ou da imaginação, para poder viver todas as vantagens conquistadas pela cultura do individualismo.
A espiritualidade cristã não consiste num ajuste psicológico ou social que nos proporcione uma acomodação confortável no mundo que vivemos, mas em sermos transformados em Cristo. O apóstolo Paulo afirma que, tanto no seu trabalho pastoral como em sua própria jornada de fé, o grande objetivo era o de viver a vida da ressurreição - "Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" -, e conduzir seus filhos e filhas na fé a alcançarem a plenitude da vida em Cristo. Este caminho espiritual só é possível quando o pecado é tratado e redimido pelo poder da cruz do Calvário e nossa comunhão com Deus é restaurada pelo milagre da reconciliação e pelo poder da ressurreição.
Certamente não precisamos abrir mão de expressões como "cura" e "feridas"; afinal, são termos que descrevem nossa debilidade e necessidade da graça de Deus. Contudo, não podemos nos esquecer de que ferida e pecado não são a mesma coisa, e que cura e redenção também não são sinônimos. Precisamos preservar a lembrança de que é Deus, e somente ele, que pode atender as necessidades mais íntimas e profundas de nossa alma. O sofrimento e as dores farão parte da vida; algumas feridas serão necessárias para nos preservar em Cristo e para que não esqueçamos de que é sua graça que nos sustenta e nos basta.
Que o amor de Deus em Cristo continue realizando em nós sua obra de salvação e redenção, libertando-nos do pecado, curando as feridas e nos levando a provar seu poder transformador que fará de nós homens e mulheres livres em Cristo.
(Fonte: Revista Eclésia, Pr. Ricardo Barbosa de Souza)
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Olá queridos,
quero dividir com quem queira, palavras que foram especialmente escritas para confortar e dar esperança áqueles que estão cansados de ver tanta coisa sendo feita por ai em nome do evangelho. Elas foram ditas pelo único homem que nunca quis te deixar confuso, e sim te mostrar o caminho,
ele mesmo ...
" Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele" .
(trecho retirado do livro de João cap. 14)
Graça e paz
Aline
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